Eu nasci em 1984. Mas já estava vivo muito antes. Foi numa tarde-noite outonal de um domingo em Porto Alegre que, diante de uns quarenta jovens resolutos reunidos com um propósito fatídico, a frase foi pronunciada: está fundado o Sport Club Internacional. E foi então que eu dei meu primeiro suspiro de vida. Eu vivi na primeira vitória do Inter sobre o rival arrogante, em 1915. Na frase de Carlos Kluwe: está quebrado o lacre. Eu estive presente nos anos trinta, quando o Inter abriu as portas para jogadores negros, diante dos narizes torcidos do antagonistas, orgulhosos de sua cor de pele. Eu vibrei com os gols do Rolo, que impôs a humilhação aos adversários e quase me desesperei quando o dono do terreno dos Eucaliptos pediu pro Inter desocupar o lugar. Fui então um dos que pagou do próprio bolso o preço do terreno. E mais tarde, nadei pelas beiras do Guaíba, sonhando um sonho Gigante. Mais tarde desci na Padre Cacique, junto da multidão, levando o meu tijolo e saco de cimento para a realização do sonho. Eu vivi, portanto, muito antes. Estive presente no chute do Falcão, contra o Palmeiras, na falta do Valdomiro, contra o Corinthians em 76, nos gols do Chico Spina, em 1979, contra o Vasco. E, claro, eu estava emoldurado junto com o Figueroa na cabeceada contra o Cruzeiro, em 1975. Bati o pênalti junto com Célio Silva, em 1992. Também fiz o gol do Tinga contra o São Paulo, em 2006.E o 8 a1 em 2008 aplicado no Juventude,O ponto alto, fui junto com o Gabiru, empurrando com o vento a bola pro gol do Barcelona.
Levei 71 anos pra nascer e mais quinze pra entrar no Beira Rio. Oitenta e seis anos pra ouvir o Gigante e sentir definitivamente que estava vivo. Eu nasci em 1984, em 1960, em 1945, em 1986, em 1998 ou em 2001. Não importa! Eu nasci de verdade em 1909. E enquanto um certo Sport Club Internacional existir, eu continuarei eternamente a viver, como Colorado que sou, fui e sempre hei de ser.
sábado, 21 de junho de 2008
Pedido de Casamento no Beira-Rio
André Bozzetti Moreira
Porto Alegre
Dia 6 de março de 2008, eu e a Tati havíamos completado 3 anos de namoro. Eram 3 anos indo juntos ao Gigante, acompanhando o time, comemorado conquistas, encontrando amigos e fazendo festa nessa que é nossa segunda casa.
Desde o início de 2007, além de assistir e torcer, passei a levar uma filmadora para registrar os gols colorados e a festa da torcida. Mas nesse dia 8 de março de 2008, resolvi aproveitar a 'casa cheia' para fazer uma surpresa para minha namorada. Resolvi que a pediria em casamento nas arquibancadas do Beira Rio. Ao conversar com um tio meu que sempre vai aos jogos junto comigo, ele sugeriu que fosse após um gol do Inter filmado por mim que eu passaria a câmera para que ele registrasse o momento do pedido da entrega das alianças.
Tudo certo, tudo combinado. Todos amigos e familiares em casa sabendo. Só a Tati que não. Até alguns gremistas amigos nossos estavam torcendo em casa para que saisse esse gol do Inter e que o pedido fosse feito logo.
Nós chegamos cedo no estádio para garantir um bom lugar, já prevendo a superlotação que ocorreria em função dos ingressos femininos estarem liberados. Na chegada, um susto: ao ser revistado pela Brigada Militar, o policial encontrou a caixinha das alianças na bolsa da filmadora e tirou lá de dentro. Discretamente, pedi para que ele colocasse de volta antes que a Tati as visse, senão o pedido teria que ser feito ali mesmo no portão 4 durante a revista. Prontamente o policial colocou a caixinha de volta e a Tati não percebeu nada.
A partir dali, tudo deu certo. A boa fase do time era garantia de vitória. O gol era questão de tempo. Aquele gol tão esperado quanto naquele 17 de dezembro de 2006 após o passe do Iarley pro Gabiru. Tão esperado quanto naquele 16 de agosto após cruzamento de Fernandão para Tinga. Tão esperado quanto naquela cobrança de pênalti do Célio Silva contra o Fluminense em 1992. Parecia final de campeonato.
E o gol saiu. Cerca de 16 minutos de jogo e o meia Magrão estufou as redes do goleiro do Brasil de Pelotas e meu coração quase explodiu. Passei a filmadora para meu tio e peguei as alianças. A expressão da Tati naquele momento vai ficar pra sempre na minha memória. Ela não tinha menor idéia de que eu estava planejando aquilo, e a emoção foi muito grande. Durante a troca de alianças, 50 mil torcedores gritavam 'Inter, Inter, Inter' fazendo a trilha sonora mais perfeita que podia existir para aquele momento.
O video do noivado na arquibancada, fez sucesso na internet e até em matéria de TV em rede nacional, mas o que marcou mesmo foi estar ali junto com o Inter naquele momento tão importante das nossas vidas.
Parafraseando a música da nossa torcida: 'Eu nunca me esquecerei dos dias que passei contigo, Inter'. Literalmente.
Porto Alegre
Dia 6 de março de 2008, eu e a Tati havíamos completado 3 anos de namoro. Eram 3 anos indo juntos ao Gigante, acompanhando o time, comemorado conquistas, encontrando amigos e fazendo festa nessa que é nossa segunda casa.
Desde o início de 2007, além de assistir e torcer, passei a levar uma filmadora para registrar os gols colorados e a festa da torcida. Mas nesse dia 8 de março de 2008, resolvi aproveitar a 'casa cheia' para fazer uma surpresa para minha namorada. Resolvi que a pediria em casamento nas arquibancadas do Beira Rio. Ao conversar com um tio meu que sempre vai aos jogos junto comigo, ele sugeriu que fosse após um gol do Inter filmado por mim que eu passaria a câmera para que ele registrasse o momento do pedido da entrega das alianças.
Tudo certo, tudo combinado. Todos amigos e familiares em casa sabendo. Só a Tati que não. Até alguns gremistas amigos nossos estavam torcendo em casa para que saisse esse gol do Inter e que o pedido fosse feito logo.
Nós chegamos cedo no estádio para garantir um bom lugar, já prevendo a superlotação que ocorreria em função dos ingressos femininos estarem liberados. Na chegada, um susto: ao ser revistado pela Brigada Militar, o policial encontrou a caixinha das alianças na bolsa da filmadora e tirou lá de dentro. Discretamente, pedi para que ele colocasse de volta antes que a Tati as visse, senão o pedido teria que ser feito ali mesmo no portão 4 durante a revista. Prontamente o policial colocou a caixinha de volta e a Tati não percebeu nada.
A partir dali, tudo deu certo. A boa fase do time era garantia de vitória. O gol era questão de tempo. Aquele gol tão esperado quanto naquele 17 de dezembro de 2006 após o passe do Iarley pro Gabiru. Tão esperado quanto naquele 16 de agosto após cruzamento de Fernandão para Tinga. Tão esperado quanto naquela cobrança de pênalti do Célio Silva contra o Fluminense em 1992. Parecia final de campeonato.
E o gol saiu. Cerca de 16 minutos de jogo e o meia Magrão estufou as redes do goleiro do Brasil de Pelotas e meu coração quase explodiu. Passei a filmadora para meu tio e peguei as alianças. A expressão da Tati naquele momento vai ficar pra sempre na minha memória. Ela não tinha menor idéia de que eu estava planejando aquilo, e a emoção foi muito grande. Durante a troca de alianças, 50 mil torcedores gritavam 'Inter, Inter, Inter' fazendo a trilha sonora mais perfeita que podia existir para aquele momento.
O video do noivado na arquibancada, fez sucesso na internet e até em matéria de TV em rede nacional, mas o que marcou mesmo foi estar ali junto com o Inter naquele momento tão importante das nossas vidas.
Parafraseando a música da nossa torcida: 'Eu nunca me esquecerei dos dias que passei contigo, Inter'. Literalmente.
sábado, 14 de junho de 2008
Odisséia colorada
Era semi-final da Sul Americana de 2004, e o colorado precisava de todo o seu exército em Buenos Aires para jogar junto contra o grande Boca. Foi assim que mais de 4800 torcedores começaram a se deslocar para a Argentina. Entre eles, estava eu.
Tudo corria bem na trajetória... Na fronteira com o Uruguai, porém, foram barrados os torcedores que portavam carteira de motorista, do exército ou de órgão de classe (profissional). Só puderam seguir viagem aqueles que portavam RG, e, mesmo depois de todas as tentativas de negociação (no caso dos mais desesperados, de suborno), aproximadamente quatro torcedores de cada ônibus tiveram de retornar. Entre eles, estava eu.
Tudo isso aconteceu às 05h do dia do jogo, em Santana do Livramento. Precisei procurar um hotel para descansar por alguns minutos. Às 07h30min, embarquei em um ônibus, de volta para Porto Alegre. Não conformado, parti para as ligações telefônicas. Os colorados que estavam em Porto Alegre começaram a correria de buscar a documentação na minha casa, descobrir horários de avião, juntar o dinheiro... Às 13h, pegaram-me na rodoviária. Às 14h, eu precisava estar dentro do avião. A distância entre a rodoviária e o aeroporto e o trânsito caótico tornaram a missão difícil, mas enfim cheguei. O Salgado Filho borbulhava com os colorados que rumavam a Buenos Aires. Entre eles, estava eu. De novo.
Entre idas e vindas, cheguei às 16h no aeroporto de Buenos Aires. Reuni os colorados que estavam por ali, e fizemos ainda mais uma viagem, dessa vez de táxi. Finalmente, chegamos à Bombonera. Eram 16h30min, e os ônibus nos quais eu tinha embarcado pela primeira vez ainda nem haviam chegado.
À noite, quase 5000 colorados fizeram eco na Bombonera, gritando sua paixão. Entre eles, estava eu.
Mário Luiz Philippsen
Colorado de coração
Era semi-final da Sul Americana de 2004, e o colorado precisava de todo o seu exército em Buenos Aires para jogar junto contra o grande Boca. Foi assim que mais de 4800 torcedores começaram a se deslocar para a Argentina. Entre eles, estava eu.
Tudo corria bem na trajetória... Na fronteira com o Uruguai, porém, foram barrados os torcedores que portavam carteira de motorista, do exército ou de órgão de classe (profissional). Só puderam seguir viagem aqueles que portavam RG, e, mesmo depois de todas as tentativas de negociação (no caso dos mais desesperados, de suborno), aproximadamente quatro torcedores de cada ônibus tiveram de retornar. Entre eles, estava eu.
Tudo isso aconteceu às 05h do dia do jogo, em Santana do Livramento. Precisei procurar um hotel para descansar por alguns minutos. Às 07h30min, embarquei em um ônibus, de volta para Porto Alegre. Não conformado, parti para as ligações telefônicas. Os colorados que estavam em Porto Alegre começaram a correria de buscar a documentação na minha casa, descobrir horários de avião, juntar o dinheiro... Às 13h, pegaram-me na rodoviária. Às 14h, eu precisava estar dentro do avião. A distância entre a rodoviária e o aeroporto e o trânsito caótico tornaram a missão difícil, mas enfim cheguei. O Salgado Filho borbulhava com os colorados que rumavam a Buenos Aires. Entre eles, estava eu. De novo.
Entre idas e vindas, cheguei às 16h no aeroporto de Buenos Aires. Reuni os colorados que estavam por ali, e fizemos ainda mais uma viagem, dessa vez de táxi. Finalmente, chegamos à Bombonera. Eram 16h30min, e os ônibus nos quais eu tinha embarcado pela primeira vez ainda nem haviam chegado.
À noite, quase 5000 colorados fizeram eco na Bombonera, gritando sua paixão. Entre eles, estava eu.
Mário Luiz Philippsen
Colorado de coração
segunda-feira, 9 de junho de 2008
sábado, 7 de junho de 2008
Vídeo!
Olá!
Assistam aqui um vídeo muito legal que nos foi enviado!
Adorei que as pessoas estão mesmo compartilhando sua paixão pelo time!
Vamo INTEEER!
Assistam o vídeo e digam o que acharam!
Quem quiser participar do blog, mande um e-mail para:
paixaocolorada00@gmail.com
Beijos!
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Adorei que as pessoas estão mesmo compartilhando sua paixão pelo time!
Vamo INTEEER!
Assistam o vídeo e digam o que acharam!
Quem quiser participar do blog, mande um e-mail para:
paixaocolorada00@gmail.com
Beijos!
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Notícia
INTER SOCIAL: PROJETO INTERAGIR NA SEMANA DO MEIO AMBIENTE
04/06/2008
O Projeto Interagir dedica-se, nesta semana, inteiramente aos trabalhos voltados para o meio ambiente. Durante as atividades, as crianças comentarão e debaterão sobre o assunto: quem faz parte do meio e a preservação da natureza. Os pequenos passearão pelo Parque Gigante observando a natureza em volta, recolhendo lixo, folhas e plantas para montagem de um painel em grupo. Baseado nesta consciência que várias atividades estão sendo programadas. "Trabalhar a questão ambiental é trabalhar a cidadania", revela a coordenadora pedagógica do Projeto, Lorena Boelter.
As crianças acompanharão todo o processo de compostagem realizado no Parque Gigante e farão na oficina de Jardinagem o plantio de mudas. Esta oficina acontece mensalmente, sob a responsabilidade de uma das voluntárias do Interagir.
O Interagir é um dos projetos sociais desenvolvidos pela Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional (FECI).
http://www.internacional.com.br
Para contribuir com o blog e compartilhar com todos a sua paixão, mande e-mails para paixaocolorada00@gmail.com
04/06/2008
O Projeto Interagir dedica-se, nesta semana, inteiramente aos trabalhos voltados para o meio ambiente. Durante as atividades, as crianças comentarão e debaterão sobre o assunto: quem faz parte do meio e a preservação da natureza. Os pequenos passearão pelo Parque Gigante observando a natureza em volta, recolhendo lixo, folhas e plantas para montagem de um painel em grupo. Baseado nesta consciência que várias atividades estão sendo programadas. "Trabalhar a questão ambiental é trabalhar a cidadania", revela a coordenadora pedagógica do Projeto, Lorena Boelter.
As crianças acompanharão todo o processo de compostagem realizado no Parque Gigante e farão na oficina de Jardinagem o plantio de mudas. Esta oficina acontece mensalmente, sob a responsabilidade de uma das voluntárias do Interagir.
O Interagir é um dos projetos sociais desenvolvidos pela Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional (FECI).
http://www.internacional.com.br
Para contribuir com o blog e compartilhar com todos a sua paixão, mande e-mails para paixaocolorada00@gmail.com
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Paixão Colorada
Bem vindos ao nosso blog!
Aqui iremos postar as mais interessantes histórias de torcedores e sua paixão pelo inter.
Quem quiser ter sua história publicada aqui, mandar notícias ou sugestões, entre em contato com a gente pelo e-mail paixaocolorada00@gmail.com
Esperamos que vocês gostem!
Beijinhos.
Babi e Rê.
Aqui iremos postar as mais interessantes histórias de torcedores e sua paixão pelo inter.
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Esperamos que vocês gostem!
Beijinhos.
Babi e Rê.
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